Às vezes penso em ti.
Devia dizer que todos os dias penso em ti mas basta-me que saibas que o faço às vezes.
Na verdade, não sei se quero que o saibas, não sei se quero perder qualquer espécie de amor próprio ao admitir tal facto perante ti. Já passou tanto tempo que me parece estupidamente ridículo continuar a pensar em ti e, pior ainda, a ter esperança de que penses em mim.
Sim, essa é a parte mais ridícula, ter esperança de que lembres como foi (de preferência com vontade de repetir...), que uma vez, de longe a longe, te lembres de mim, que existo e continuo aqui. É uma ideia ridícula, eu sei. Tu avisaste logo que não podias dar-me o que quer que eu quisesse, que ias seguir com a tua vida. Ainda assim, um dia gostava de saber que também pensas em mim.
Afinal, gosto de ideias ridículas...
